Um livro-jogo ou aventura-solo é um livro em que o leitor é convidado a ser o personagem principal e a tomar decisões que irá influenciar no prosseguimento da história, podendo até a mudar o final. Geralmente é convidado a tomar decisões se quer seguir nesta ou naquela direção, mover ou não tal objeto, verificar ou não aquela porta ou passagem, enfrentar ou não um inimigo... e com essas decisões descobrir um segredo, ou tomar o caminho errado e se defrontar com o exército inimigo.
Inspirado em RPG's, que é um jogo que a participação dos jogadores consiste em interpretar um personagem e com isso também podendo mudar os rumos da aventura (para saber mais sobre RPG: http://carlosalves77.blogspot.com/2011/04/rpg-alimento-e-desafio-imaginacao.html), os livros-jogos foram criados por Steve Jackson e Ian Livingstone, também impulsionados em livros interativos da época.
Um livro-jogo ou um livro interativo é capaz de aprofundar mais a interação que há entre um autor e seu leitor. Machado de Assis já fazia isso com muita proeza e habilidade quando “falava” diretamente à leitora em suas obras realistas. Em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba” e “Dom Casmurro” Machado se utiliza da primeira pessoa para dar sua opinião diretamente ao leitor ou a convidá-lo a refletir sobre um assunto ou chamar a atenção ao decote da personagem, isso já no século XIX. Machado foi um precursor visionário da literatura brasileira e universal.
Em livros interativos o papel do leitor é mais do que um mero espectador, ele participa do livro. Imagine um livro com folhas soltas que propõe um desafio no qual o maior desafio é você mesmo, ou um livro para ser lido a dois, com textos incompletos, em forma de perguntas a serem respondidas por duas pessoas que queiram saber mais uma sobre a outra. Estes são exemplos de livros interativos. Visite http://www.editoragenese.com.br/ e conheça um pouco mais sobre esses dois livros: o primeiro descrito é “O Jogo do Eu” e o segundo “Prazer em Conhecer”.
Já um livro-jogo depende mais das escolhas que o leitor-personagem pode tomar. São oferecidas alternativas como exemplo: “Um pouco adiante na passagem há uma porta do lado direito. Esta porta está coberta por estranhos caracteres, em uma linguagem que você não compreende. Você tentará abrir a porta (vá para 142) ou continuará seguindo a passagem (vá para 343)?”. Trecho do livro “A Cidadela do Caos” de Steve Jackson.
Os livros podem ser interativos, jogados, com aventuras fantásticas e a porta para um novo mundo, basta apenas de sua imaginação e interação.